quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Alexandre VI

O papado de Alexandre VI começou tranqüilo, mas não tardou para que se manifestasse sua ganância em sacrificar todos os interesses em favor da família. Nomeou Cardeais o seu filho de dezesseis anos, César Bórgia, os seus sobrinhos Francisco Borgia e Juan Lanzol de Bórgia de Romaní,o maior, um primo deste último Juan Castellar y de Borgia (it. Giovanni), os seus sobrinhos-neto Juan de Borja Llançol de Romanío menorPedro Luis de Borja Llançol de Romaní e Francisco Lloris y de Borja e o cunhado do seu filho César, Amanieu d'Albret. César seria posteriormente retratado porMaquiavel em sua obra O príncipe como o ideal do político e governante pragmático.
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Em 1494 sofreu tentativa de deposição (por causa de simonia e corrupção) da parte de prelados à frente dos quais aparecia o cardeal Della Rovere, futuroPapa Júlio II. Resistiu, mas continuou a praticar atos imorais, apesar da condenação que lhe dirigiam (entre outros, o padre Girolamo Savonarola).
Seu pontificado é um paradigma de corrupção papal ocasionada pela invasão secular dentro da Igreja, mais tarde esse fato foi tido como desculpa para a separação dos protestantes. Alexandre VI foi, sem dúvida, um papa corrupto, pouco dado às virtudes cristãs. Teve pelo menos sete filhos, entre os quaisCésar e Lucrécia Bórgia. Lucrécia Bórgia, filha do Papa, com uma beleza exuberante dançava alegremente para os cardeais, foi acusada de ser "filha, esposa e nora" de seu pai pelo satírico Filofila, embora sem comprovações, pois este pertencia aos partidários da família Médici e manifestou o mesmo ódio que esta tinha contra os privilégios que o Alexandre concedera aos Bórgia. Durante seu pontificado, foram decretadas as Bulas Alexandrinas, tratados responsáveis pela divisão das possessões portuguesas e espanholas no mundo. Dentre eles, vale destacar as bulas Inter CoeteraEximiae Devotionis eDudum Siquidem. As negociações ibéricas iriam desembocar no famoso Tratado de Tordesilhas que confirmaria a divisão do mundo entre Portugal e Espanha e seria contestado por outros monarcas, dos quais o mais famoso foi Francisco I de Angoulême, rei da França.
Morreu subitamente, suspeitando-se que tenha sido envenenado por arsênico, adicionado à sua comida em um banquete – o que provocou o enegrecimento e o inchaço do cadáver, já dentro do caixão, levando a que alguns assistentes tenham inserido o corpo num caixão maior. Segundo Charles Haddon Spurgeon, ele foi enveneado pelo vinho que ele havia preparado para envenenar outra pessoa.[2] Seu funeral foi breve e sem grandes comemorações, tendo sido sepultado com a seguinte epígrafe em seu túmulo em Espanha: "Aqui Jaz Alexandre VI, que foi papa". O seu túmulo encontra-se na igreja de Santa Maria in Monserrato.

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