segunda-feira, 7 de novembro de 2011

PAPA ALEXANDRE VI

Um sujeito que transava com a própria filha, corrupto, pode se esperar de tudo.

Alexandre VI, nascido Roderigo Gil de Borja i Borja, (Xàtiva, 1 de Janeiro de 1431 — Roma, 18 de Agosto de 1503) foi papa de 10 de Agosto 1492 até a data da sua morte. 
Segundo rumores (embora ainda sem nenhuma prova), Rodrigo Bórgia usou sua fortuna para comprar a maior parte dos votos dos cardeais quando se realizou o conclave para definir a sucessão do papa Inocêncio VIII. Havia três candidatos: ele próprio, Ascanio Sforza e Giuliano della Rovere. O conclave que o elegeu compunha-se de apenas 23 cardeais. O papado de Alexandre VI começou tranqüilo, mas não tardou para que se manifestasse sua ganância em sacrificar todos os interesses em favor da família. Fez seu filho de dezesseis anos, César Bórgia, arcebispo de Valência, e seu sobrinho João Bórgia(it. Giovanni), cardeal. César seria posteriormente retratado por Maquiavel em sua obra O príncipe como o ideal do monarca pragmático.

Em 1494 sofreu tentativa de deposição (por causa de simonia e corrupção) da parte de prelados à frente dos quais aparecia o cardeal Della Rovere, futuro Papa Júlio II. Resistiu, mas continuou a praticar atos imorais, apesar da condenação que lhe dirigiam (entre outros, o padre Girolamo Savonarola).

Seu pontificado é um paradigma de corrupção papal, mais tarde tido como desculpa da separação dos protestantes. Alexandre VI foi, sem dúvida, um papa corrupto, pouco dado às virtudes cristãs. Teve pelo menos sete filhos, entre os quais César e Lucrécia Bórgia. Lucrécia Bórgia, filha do Papa, com uma beleza exuberante dançava alegremente para os cardeais, foi acusada de ser "filha, esposa e nora" de seu pai pelo satírico Filofila, embora sem comprovações. Durante seu pontificado, foram decretadas as Bulas Alexandrinas, tratados responsáveis pela divisão das possessões portuguesas e espanholas no mundo. Dentre eles, vale destacar as bulas Inter Coetera, Eximiae Devotionis e Dudum Siquidem. As negociações ibéricas iriam desembocar no famoso Tratado de Tordesilhas que confirmaria a divisão do mundo entre Portugal e Espanha e seria contestado por outros monarcas, dos quais o mais famoso foi Francisco I de Angoulême, rei da França.

Morreu subitamente, suspeitando-se que tenha sido envenenado por arsênico, adicionado à sua comida em um banquete – o que provocou o enegrecimento do cadáver e o inchaço do mesmo, já dentro do caixão, levando a que alguns assistentes tenham inserido o corpo num caixão maior. Seu funeral foi breve e sem grandes comemorações, tendo sido sepultado com a seguinte epígrafe em seu túmulo em Espanha: “Aqui Jaz Alexandre VI, que foi papa”.

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